As preocupações securitárias assolam-nos quando lemos notícias como a publicada pelo site de notícias Algarve Primeiro: em Olhão, dois idosos foram assaltados na sua própria casa, duas vezes em três semanas. Apesar de algum folclore em torno dos assaltos a habitações, a porta de entrada é o ponto de acesso favorito têm sido as portas exteriores, colocando em evidência a necessidade de investir em portas de segurança para proteger a integridade do lar.
Materiais e tipos das portas de segurança
Porque é que umas casas são assaltadas e outras não?
Esta é uma pergunta que fazem a si próprios muitos habitantes da grande Lisboa, principalmente após terem sido assaltados e sofrido perdas matrimoniais. Ninguém é imune a um acontecimento tão traumático quanto o assalto a uma residência, mas existem medidas que podem ser tomadas para reduzir os riscos para nós e para a nossa família.
As melhores medidas são no entanto aquelas que têm um efeito duplo: físico e psicológico. Por motivos de facilidade de entrada e fuga, as portas são os pontos favoritos de entrada de um assaltante, por isso poucos assaltos ocorrem por acaso.
Antes de qualquer acção, os gatunos bem sucedidos estudam bem a vizinhança e a casa alvo à procura de vulnerabilidades, mas a não ser que saibam que a sua habitação esconde um saque suficientemente justificável, procurarão ter sempre o mínimo de trabalho.
Isto significa que não só deve apostar em portas de segurança, mas estas devem parecê-lo. Poucas coisas desencorajarão mais um meliante que uma porta que pareça suficientemente sólida para ser quase impossível arrombar.
As únicas portas de segurança dignas desse nome são de madeira sólida ou então de metal; as ocas ou de contraplacado não possuem de todo a resistência necessária para resistir a impactos de maior vigor. Podemos falar igualmente de portas de segurança mistas, sendo o importante que possuam núcleos sólidos que não sejam passíveis de perfurar facilmente com ferramentas básicas.
A espessura recomendada deve rondar os 5cm com núcleo sólido e moldura de metal ou madeira sólida.
Tudo isto será em vão se as ombreiras e o vão da porta não tiverem pelo menos o mesmo nível de resistência, por isso opte por materiais idênticos ao da sua porta. Se não o fizer, com um impacto suficientemente forte, a sua porta pode resistir, mas a ombreira não. Não use por isso os mesmos materiais para ombreiras interiores e exteriores.
As fechaduras certas para portas de segurança
Do lado das fechaduras e trancas, as portas de segurança são mais eficientes quando estão completamente fechadas. Evite ter de as abrir, optando por portas com óculos de grande ângulo e visão clara, e com limitadores de movimento. Os óculos são particularmente importantes para ver quem está à sua porta, mas como são universalmente colocados à altura de um adulto, se tiver crianças em casa poderá optar por instalar um extra a uma altura mais baixa. Os limitadores de movimento permitem-lhe interagir com quem lhe bate à porta e receber a sua correspondência sem deixar a sua habitação vulnerável a uma entrada forçada.
As fechaduras do tipo deadbolt, ou de cilindro, são as mais indicadas para portas de exterior. As de cilindro único possuem um orifício para a chave na sua extremidade exterior, mas apenas um rolete no interior, e se estiverem perto de algum acesso através do qual uma mão possa ser inserida, o rolete pode ser rodado manualmente, comprometendo a segurança. Pelo contrário, as fechaduras de cilindro duplo caracterizam-se por orifícios para chave em ambas as extremidades.
A sua segurança pode ser ainda mais melhorada se possuir trancas acessíveis apenas do interior da porta, por isso sem porções expostas a partir do exterior, através das quais um criminoso astuto possa derrotá-la.
Este não é um ponto no qual queira poupar: certifique-se que adquire fechaduras de elevada segurança e com trancas que penetrem até à parede sólida para lá das ombreiras. As fechaduras normais podem ser abertas com uma simples chave de fendas pelo ladrão mais astuto e serão um mau investimento para portas de segurança.
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